Numa aldeia cada vez mais global onde a partilha de experiências e de soluções é importante na resolução de problemas também globais (como por exemplo o desemprego, a emigração e imigração, a corrupção…) é importante repensar-se os direitos humanos. Por isso, urge reflectir o problema da discriminação.
Com um mundo em crise, em que as desigualdades económicas e sociais entre ricos e pobres se acentuam de dia para dia, em que a discriminação, exclusão e violência têm tendência a aumentar urge repensar os direitos sociais do homem (direito ao trabalho, direito ao salário, direito ao salário justo …) adquiridos na Declaração dos Direitos Humanos, bem como em princípios de igualdade, justiça e fraternidade.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem, surgida em 1948, pretende que os direitos e liberdades de todos os homens sejam um ideal a atingir por todos os estados e nações. A Declaração, assentando em valores universais como dignidade, liberdade, igualdade e justiça é, por isso mesmo, universal. A Declaração dos Direitos Humanos reconhece que todos os direitos (económicos e sociais, civis e políticos e culturais) são interdependentes, não são divisíveis, e em conjunto contribuem para salvaguardar a dignidade humana.
Para vir falar sobre “Discriminação”, tema que está a ser trabalhado por um grupo de alunos do 12º ano da Escola Secundária Domingos Rebelo, no âmbito da Área do Projecto, sob orientação da prof.ª Manuela Macedo, o grupo convidou, no segundo período, o Dr. Paulo Mendes, fundador e presidente da AIPA, Associação dos Imigrante nos Açores, criada em 2003.
De acordo com o presidente os imigrantes, na grande maioria brasileiros, africanos e de leste, recorrem com frequência à Associação a pedir informações sobre problemas relacionados com a legalização, emprego e habitação (compra ou arrendamento)
Paulo Mendes é natural de Cabo-Verde, tendo-se licenciado em Sociologia pela Universidade dos Açores. Para tema do seu mestrado apresentou os problemas da comunidade cabo-verdiana residente nos Açores. Ganhou o prémio “Emigrante Empreendedor”da Gulbenkian, em 2008.
Caberá à escola, como instituição transmissora de valores, e à sociedade em geral educar no e pelo respeito dos direitos humanos de modo a salvaguardar a dignidade, o respeito e liberdade de cada um, sem distinção da cor, sexo, país ou religião.
Caberá à educação, que cabe à escola, pais, poder político e religião, incutir o respeito pelos direitos humanos e ver o homem como um fim em si mesmo, tendo como único objectivo criar uma sociedade mais solidária, mais justa e igualitária.
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