terça-feira, 27 de maio de 2008

ainda a tecnologia...



Um dos problemas que o uso da tecnologia levanta consiste no facto de, abismados pelas potencialidades que ela tem, ficarmos como que bloqueados. Até podemos dominar os procedimentos que o seu uso exige, reconhecer as opções que o browser ou as teclas mais recônditas do teclado permitem, mas a mais das vezes a técnica dá-nos apenas um simulacro do que desejávamos. Acontece aqui exactamente o contrário do famoso bloqueio do escritor perante a folha em branco. Nesta, por não estar lá nada, pode caber tudo. O escritor, sabedor disso, confronta-se com a paralisia da mão. O que eventualmente lhe surgisse da escrita seria sempre uma redundância. Nas novas tecnologias acontece o oposto: estando lá tudo, não sobra nada. Ou, para retomarmos uma dicotomia clássica, resta a forma porque o conteúdo foi-se!

terça-feira, 20 de maio de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Um dia de Escola ...

Hoje saí do meu gabinete e aceitei o convite dos alunos do 12º ano para assistir à apresentação de trabalhos de ´´Area de Projecto.

Ainda bem que o fiz pois a qualidade dos trabalhos apresentados surpreendeu-me.

Comecei por participar numa discussão muito interessante sobre os "Organismos Geneticamente Modificados" ...a favor/contra, passei por momentos de pura aprendizagem quando "O Peso da Vida" foi abordado de forma sublime, onde a Anorexia e a Bulimia eram os inimigos a abater, terminando numa área que me é mais familiar - a Microbiologia.

Quando dei por mim, já o dia estava no fim mas, a caminho do laboratório de Biologia para participar numa visita guiada às metodologias utilizadas para estudar o mundo dos "micróbios" fomos discutindo a importancia destes seres na vida do Homem.

Muito trabalho.... Muitas aprendizagens significativas... muito interesse revelado... MUITO BOM

Este dia é uma demonstração clara do processo que conduz, quer os nossos alunos, quer a nossa escola, ao sucesso, culminando muitas vezes em prémios de reconhecido mérito, como é o recente prémio do "Rock in Rio - Escola Solar".

Estamos no caminho....

TIC



Não interessa que o gato seja branco ou preto, interessa que apanhe rato(Teng Xiaoping)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

do giz e do gizar o futuro

É verdade, o uso de uma nova tecnologia provoca sempre uma qualquer espécie de recusa. É que a tecnologia, nos dias de hoje, apesar do seu uso cada vez mais intensivo, nos aparece como que sacralizado. Nela depositamos quase todas as nossas esperanças de redenção. Do ensino à satisfação das necessidades básicas, a tecnociência promete a resolução de todos os problemas. Mesmo que, à sua conta, crie alguns novos. Os biocombustíveis, as perversidades em potência da manipulação genética, a confusa identificação entre informação e conhecimento, são alguns exemplos da hipervelocidade da tecnologia face aos ritmos naturais da vida. No ensino também se passa alguma coisa de semelhante. O vertiginoso acesso à informação que as modernas tecnologias permitem só dificilmente é compatível com o ritmo lento inerente à aprendizagem. Aprender e ensinar exige tempo, exige a pausada modulação da voz ou o gesto familiar dos dedos da mão a prolongar-se na escrita a giz num quadro de sala de aula. Levará tempo a habituarmo-nos à rapidez de um quadro multimédia ou ao holograma projectado num espaço a que a custo chamaríamos de sala de aula ou ainda à transferência neuronal de conteúdos informativos entre o mestre e o discípulo, mas o futuro se encarregará de cumprir essa promessa. Entretanto, só nos resta fazermos o nosso melhor e, muitas vezes, o giz é, sem dúvida, o melhor de que nos podemos socorrer para desenhar um conceito, uma ideia, uma inequação ou um polígono.

terça-feira, 13 de maio de 2008

O fascínio do giz


Os professores dos anos 70 e 80 temeram as "máquinas de ensinar". Sentiram-se ameaçados pelo fascínio, pela operacionalidade e pela eficiência da computação na sala de aula. Temeram pelo seu posto de trabalho.
Hoje o professor açoriano divide-se por duas angústias - a de não dispor de tecnologias actualizadas e a de ser tecnologicamente incompetente perante os seus alunos.

a máquina e o ensino

Para retomar o velhinho conceito de alienação, que Marx desenvolveu em algumas das suas obras, o perigo do uso da tecnologia no ensino, como aliás na maior parte das actividades humana, está no facto de o usuário não dominar o processo que a máquina põe em acção. Neste sentido, o produto final do manuseio técnico ultrapassa o criador dele. É verdade que há qualquer coisa de diferente quando comparamos o produto didáctico feito por via informática de uma qualquer mercadoria à saída de uma linha de montagem. Desde logo pela sua dimensão lúdica que solicita a adesão da nossa parte e que só muito a custo lhe resistimos. Mas em todo o caso isso não invalida que muitas das vezes se instale entre nós, mero utilizador ou mesmo criador, e o produto cibernético, um abismo ou uma estranheza. Se o operário sente o processo de produção como algo que lhe é estranho, como algo opressivo, também na máquina e no uso que dela fazemos isso acontece. A ilusão que no usuário se instala pela aparente facilidade - a microsoft tem investido exactamente nisso -,com que lida com o artefacto cibernético faz esquecer que se trata de um processo que escapa à nossa compreensão.
Um outro aspecto que merece reflexão é a tentação de considerar a cibernética e a informática como mera utensilagem, à maneira de uma mola para prender a roupa. As máquinas informáticas não têm nenhuma função específica. Um computador não é uma máquina de escrever. Um ordinateur - dizem os franceses. E a razão está do lado deles: processa, calcula, orgasniza mas também ou sobretudo ordena. E com isso somos ordenados. Deixamos de utilizar a máquina. Ela utiliza-nos criando em nós a ilusão de que somos o utilizador.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

The Machine is Us/ing Us


Deixo-vos um pequeno trabalho do professor universitário Michael Wesch da universidade estadual do Kansas. Inicialmente apresentado sobre o tema "Antropologia cultural" para os alunos da sua disciplina, rapidamente se tornou global e faz pensar como a máquina nos usa, ou no que usamos na máquina, ou no que é a máquina, ou, ainda, no que somos nós.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O fascínio tecnológico



O futuro do ensino será ensino do futuro ou não será nada. Desde logo no sentido em que aqueles que estão perante o professor são, por razões óbvias, os que têm mais futuro. Por outro lado, porque as matérias a leccionar resultam de uma sedimentação histórica que o professor didactiza, isto é, adapta ao seu público. Por outras palavras, o valor das matérias não está no que foi mas naquilo que se podem tornar por via da apropriação que os alunos delas farão.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

convite aceite

obrigado pelo convite para participar no blogue!

Bem vindos!

Olá a todos!

Esta é a primeira mensagem do nosso blogg. Serve, apenas, para vos dar as boas-vindas e desejar que este novo espaço contribua de forma positiva para a comunicação entre todos os elementos da nossa comunidade educativa, e que o conhecimento produzido neste espaço concorra para a exaltação do lema da nossa escola - Formar e Educar.

Bom trabalho