terça-feira, 17 de maio de 2011

A Infância e o Sofrimento

No âmbito da disciplina de  Psicologia A , decorreu no dia 31 de Março, Na Escola Secundária Domingos Rebelo, uma Conferência sobre o tema “A Infância e o Sofrimento”, coordenada pelas docentes Maria Manuela Macedo, Ana Paula Santo Cristo e Elisabete Magalhães . Embora tivesse como público-alvo os alunos do Ensino Secundário  da escola, de um modo geral destinava-se a toda a comunidade educativa.
 
A referida conferência teve a participação da Prof.ª Dr.ª Letícia Leitão, Profª. Auxiliar na Universidade dos Açores, onde assegura a docência de cadeiras na área do Desenvolvimento Infantil; do Dr. João  Carreira , Procurador da República no Tribunal de Família e Menores de Ponta Delgada desde 2002. A  vasta experiência adquirida em Portugal e estrangeiro, tem feito dele um prelector ou formador em temas maioritariamente relacionados com o direito da família e com o direito de menores; e da  Drª Patrícia Cymbron, responsável pelo Gabinete de Psicologia  do Instituto de Apoio à Criança e coordenadora do Centro de Acolhimento “O Caminho”, uma valência do Instituto.

A Conferência teve como objectivos  consciencializar jovens, futuros pais, e comunidade educativa do papel da família e de outras instituições na problemática da criança, em particular os aspectos afectivo e social dela.
 
Mostrar a importância de um desenvolvimento saudável, que passará “por dormir os horários necessários, ter boa alimentação e ter afectos de qualidade”, parafraseando a professora universitária, deve constituir uma preocupação de toda a família e da sociedade em geral.
Perante crises familiares e sociais, quando a família falha nos seus deveres terão que ser instituições como o Tribunal de Família e Menores e Instituto de Apoio à Criança, entre outras, a defender e salvaguardar os interesses das crianças  a que têm direito: direito de cuidados, de educação e de afecto e amor.

Segundo as palavras do Dr. João Carreira, o Tribunal tenta evitar a institucionalização das crianças, lutando sempre pela integração na família ou ressocialização; isto, porque a institucionalização não deve ser entendida  como castigo, mas como  integração na sociedade através da aquisição de regras. Por isso mesmo,evitar que a criança institucionalizada fique o máximo de tempo em qualquer instituição, a fim de não fazer uma “vinculação com o espaço”, foi uma das ideias transmitida pela Dr:ª Patrícia Cymbron.
 
Perante desresponsabilização da família, a afirmação da mesma  de que “os danos emocionais são a única bagagem que as crianças levam consigo quando chegam à instituição”, poderemos perguntar a nós próprios  se estas crianças poderão tornar-se adultos felizes. 




Manuela Macedo 

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