sábado, 23 de maio de 2009

I Jornadas Pedagógicas de Área de Projecto

Durante três dias, 19, 20 e 22 de Maio, cerca de 120 alunos encontram-se no Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada a apresentar à comunidade educativa os seus projectos e trabalhos de pesquisa realizados durante este ano lectivo em Área de Projecto.
Esta apresentação pública recai sobre diversos temas e que vão desde a Família ao Desporto, desde a Violência à Insegurança, desde a Alimentação aos Chás e Tisanas Açorianos, desde a Rádio ao Bem-estar, desde o Emprego aos Recursos Humanos, desde o Clima aos Cetáceos e desde as Energias Renováveis à Gestão Ambiental. Esta panóplia riquíssima de apresentações revela quão responsáveis e trabalhadores são os alunos da Escola Secundária Domingos Rebelo, uma vez que durante um ano lectivo arregaçaram as mangas e abraçaram trabalhos de projecto de grande envergadura. Nota-se, por parte destes jovens, uma preocupação crescente para com a noção de família, destacando o idoso como o fiel depositário de cultura e tradição; para com a saúde, premiando a prevenção e as medicinas alternativas, e para com o emprego, assumindo a motivação e qualificação profissionais como o cerne do sucesso do cidadão do século XXI.
A par destas explanações, as jornadas contam com a presença de outros oradores, como por exemplo: a Professora Doutora Piedade Lalanda, o Professor Doutor José Baptista e o Professor Doutor Carlos Fiolhais, que, com a sua sabedoria e mestria, possibilitam ao público outras reflexões e abrem portas a outros trabalhos de pesquisa como estes.
Este evento só foi possível graças ao envolvimento de todos os alunos do 12º ano dos Cursos Científico-Humanísticos, dos professores que leccionam a disciplina de Área de Projecto e do Conselho Executivo, não esquecendo a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada que, como habitualmente, cedeu generosamente o seu auditório.


Um artigo do projecto "Fora de Portas"

Trabalhos realizados pelos alunos do 10º M (Multimédia) nas aulas de Desenho B.

Os alunos, em grupo, escolheram os artistas a estudar, pesquisaram sobre a época em que viveram e sobre as suas obras mais emblemáticas e escolheram depois uma obra para trabalharem, tendo por tema central a ilha de S. Miguel.
Utilizaram diversos matérias tais como, guache, pastel, pastel seco, tinta-da-china, lápis de cor, verniz, etc.
A estrutura suporte dos trabalhos foi realizado pelos alunos do curso de carpintaria.

Projecto da Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental

Inserida na defesa das nossas Lagoas, os alunos do Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente em colaboração estreita com a Ecoteca de Ponta Delgada, nas pessoas de Drª. Rafaela Anjos e Dr. Paulo Garcia, participaram activamente num Projecto da Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental - SPRAÇORES, na defesa da bacia hidrográfica das Furnas. A actividade foi dividida em duas fases: na primeira, os alunos fizeram o plantio de cerca de 2000 plantas endémicas de S. Miguel e na segunda fase colocaram os tubos protectores ao crescimento das mesmas. Nesta tarefa de protecção da Lagoa das Furnas e do Parque Florestal que a rodeia os alunos tomaram consciência da grandiosidade daquela geopaisagem e da necessidade de recuperar o património biológico endémico desta Ilha. Continuar a formar cidadãos e profissionais conscientes, interventivos e em alerta constante para o ambiente que nos rodeia nesta Ilhas de Bruma, é e será sempre o nosso objectivo como Escola que somos – afirma a professora Clara Castro e, neste sentido, pensamos que demos mais um passo na grande tarefa de socorrer o nosso Bio-Geo-Património.


Um artigo do projecto "Fora de Portas"

Concurso Saber para Vencer

No dia 30 de Março, os alunos do curso Técnico Comercial, do 2º ano, do PROFIJ III, organizaram e dinamizaram a realização de um concurso denominado “ Saber para Vencer”, sob a orientação da professora de Tecnologias Específicas, Lúcia Medeiros. O objectivo foi aplicar as técnicas relativas à animação de um espaço comercial, fomentar o gosto pela aprendizagem e criar sinergias com as turmas do 10º, 11º e 12º ano do curso Tecnológico de Administração.
Foram realizadas perguntas de 5 categorias: Economia; Técnicas Administrativas; Organização e Gestão de Empresas e uma categoria mista que incluia outras disciplinas do curso (Matemática, Filosofia, Português e TIC).
A adesão à iniciativa foi muito positiva tendo sido constituídas 8 equipas de 2 elementos cada. Estas equipas passaram por uma fase de eliminatória, tendo-se seguido as meias-finais seleccionando-se 2 equipas para a final.
As turmas dos cursos de Cozinha e Mesa Bar do PROFIJ II contribuíram com os seus serviços na realização de uma pausa para o café, orientados pelos formadores Mariana Moreira e José Artur Cabral, proporcionando um agradável convívio, que permitiu a estes alunos aplicarem os conhecimentos já adquiridos.
Com o patrocínio das empresas Restaurante Arco da Velha, Manaida, Supermercado Belinha, Supermercado Santa Luzia, Café Cristina, Livraria Gil, e fotógrafo Ricardo Silva, foram atribuídos prémios às 4 equipas que se qualificaram nos primeiros lugares.
A plateia esteve muito animada e participativa manifestando interesse na inscrição em futuras edições deste concurso.

Um artigo do projecto "Fora de Portas"

UNECA de Apoio a Jovens com Perturbação do Espectro do Autismo

Para que a sociedade e a educação seja verdadeiramente inclusiva é necessário que proporcione a todos os cidadãos as mesmas igualdades, independentemente das suas condições físicas, intelectuais, culturais ou sociais. As escolas devem ajustar-se a todas as crianças independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas e outras. Estas são sem dúvida, algumas das directrizes emanadas em diversos diplomas legais, desta forma, as escolas têm de criar condições para pôr em prática aquilo que lhes é pedido e até de certa forma, imposto. A escola inclusiva tem vindo a ser implementada de uma forma gradual, no sentido de proporcionar ao aluno com Necessidades Educativas Especiais, um atendimento o mais normalizante possível, tentando potenciar as suas aptidões, qualidades e diferenças no contexto educativo. Mas a resposta às Necessidades Educativas Especiais devem ser também preocupação de programas sociais económicos e laborais pois só desta forma se poderá reduzir as barreiras que dificultam a integração social destas pessoas e ampliar-se as possibilidades da sua integração social e atribuir-se um maior reconhecimento ao papel do esforço educativo. Seguindo tais directrizes, a Escola Secundária Domingos Rebelo tem vindo a desenvolver várias iniciativas, com vista à inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais. No âmbito do Projecto da UNECA de apoio a jovens com perturbações do espectro do autismo, a Escola Secundária Domingos Rebelo, estabeleceu um protocolo, com a Biblioteca Pública, no sentido de proporcionar um estágio integrado de um aluno com perturbação do espectro do autismo. Assim, o aluno do 8º I, André Carreiro Bicudo da Ponte iniciou em Maio o seu estágio, no qual desenvolve actividades no âmbito da informática. Começou assim, mais uma caminhada rumo a uma escola diferente, pressupondo alterações significativas na forma de se fazer educação em que a escola inclusiva, a ideologia pluralista ou igualitária passa a ser a melhor expressão dessa mudança e transformação educativa.

Professora Manuela Castro

8ºC em Acção

A convite da Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição, a Escola Secundária Domingos Rebelo, através da participação da turma C do 8º ano, colaborou, sob a coordenação da professora Tânia Nunes, numa acção de voluntariado designada por “8ºC_EM ACÇÃO”, a partir do dia onze de Março e até ao final do ano lectivo.
Num projecto que dispõe de um programa alargado e que engloba a participação de quase todas as disciplinas, as três das quatro visitas agendadas têm-se revelado fundamentais e enriquecedoras para todos os intervenientes. No que concerne aos alunos, várias foram as manifestações de grande empenho e interesse em contribuir para o bem-estar das doentes da referida Casa de Saúde.
A ideia da realização de um projecto desta natureza surgiu do facto de alguns professores da turma considerarem pertinente e enriquecedor que os alunos desenvolvessem actividades fora do contexto de sala de aula e que, tratando-se de adolescentes e sendo o período da adolescência caracterizado por uma fase de descoberta pessoal, essa descoberta fosse feita através de uma actividade aglutinadora com a comunidade local, estimulando, assim, não só um conhecimento pessoal, como também o reconhecimento dos outros, valorizando-se a partilha de valores e saberes inerentes ao voluntariado.
Até à data, já se realizaram algumas actividades que merecem destaque, a saber: a apresentação de peças de teatro, integradas na comemoração do Dia Mundial do Teatro; momentos musicais que retrataram as culturas musicais inglesa e francesa; danças sociais que estimularam a actividade física com a interacção das doentes e, ainda, a construção e apresentação de uma escultura colectiva, criada no espaço de aula, reveladora da criatividade dos alunos e da importância do trabalho em equipa.
O balanço das “visitas” à Casa de Saúde é francamente positivo, já que os alunos, através de experiências práticas, têm tomado consciência da importância do outro e desmistificado algumas ideias pré-concebidas, nomeadamente no respeitante a pessoas portadoras de doenças mentais. Assim, a turma tem melhorado o seu comportamento, tornando-se todos mais responsáveis e autónomos.
No presente, os alunos reconhecem que o dia em que visitam as doentes é um dia de enorme alegria, comprovando que aquilo que é simples e feito gratuitamente tem um valor e significado especial e diverso para quem está privado de uma vida “normal” no que tal possa significar: material, física ou afectivamente.
O projecto “8ºC_em Acção” continua com a realização de uma última visita, no próximo dia 27 de Maio, pelo que a esperança de todos passa pela convicção de que os pequenos gestos resultam em vários sorrisos… num mundo em crise a vários níveis… é com certeza algo a incentivar!


Um artigo do projecto "Fora de Portas"

Dia da Europa

Os professores de Geografia da Escola Secundária Domingos Rebelo assinalaram o “Dia da Europa-9 de Maio” com uma apresentação de trabalhos, acompanhada de animação musical, na sala de exposições da escola, espaço recentemente inaugurado.
Trata-se de uma actividade que consta do Plano Anual Actividades e que pretende manter vivo, nos membros da comunidade educativa, o espírito europeu, ao mesmo tempo que permite apresentar trabalhos realizados sobre tema por alunos do 7º ano de escolaridade.
Com o objectivo de envolver os alunos, foram postos à sua disposição vários equipamentos multimédia que de uma forma lúdica/interactiva, lhes deu acesso a várias informações e jogos sobre o espaço europeu. Para além disso, também lhe foi facultado um conjunto de brochuras sobre as várias instituições políticas europeias.


Um artigo do projecto "Fora de Portas"

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Visita de estudo à fábrica de chá Porto Formoso e às Furnas

Os alunos da turma B do oitavo ano e os alunos da UNECA de autistas da Escola Secundária Domingos Rebelo tiveram, no passado dia 22 de Abril, um dia de aulas diferente. Estes alunos participaram numa visita de estudo à Fábrica de Chá Porto Formoso e à freguesia das Furnas, no âmbito dos trabalhos que têm vindo a ser desenvolvidos pela turma subordinados ao tema: “Açores…uma paisagem a proteger”.
A primeira paragem foi na fábrica de chá Porto Formoso, onde os alunos tiveram a oportunidade de assistir a um documentário sobre a história da fábrica e visitar as instalações da mesma. No final da visita, foi-lhes proporcionado a prova de um dos tipos de chá produzidos nesta entidade fabril.
Na próxima paragem, miradouro do Pico do Ferro, os alunos puderam observar a caldeira das Furnas, com a sua lagoa, e relembrar alguns conceitos de vulcanologia aprendidos no ano anterior.
Ao pé da Lagoa, os alunos puderam observar a retirada das panelas de cozido, e constatar como se pode fazer o aproveitamento do calor geotérmico para confecção deste tão conhecido prato. E, porque se trata de um prato típico do local visitado, foi possível almoçar esta iguaria num restaurante da freguesia.
Depois do almoço, o grupo visitou a freguesia, parando junto aos locais de interesse turístico e junto às fontes de água ai existentes, de forma a recolher informação sobre a temperatura, o pH, a cor do depósito e o gosto das mesmas, bem como para recolher amostras de água para serem analisadas na escola.
A visita de estudo foi muito importante para esta turma, pois os alunos não só puderam verificar, “in loco”, algumas das aprendizagens realizadas na sala de aula, como recolher material para o desenvolvimento do seu projecto, e também puderam conviver uns com os outros, num espírito de inclusão, e com os professores acompanhantes (Manuela Castro, Maria João Silva, Nélia Rosa e Vera Máximo), de uma forma mais informal e descontraída.

[Fotos]

Um artigo do Projecto "Fora de Portas"

Alunos da E.S. Domingos Rebelo visitam “Café Portugal”

Em finais do segundo período, os alunos do 10º ano do Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente da E.S. Domingos Rebelo visitaram a exposição “Café Portugal”, que decorreu no Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado até finais de Março, no âmbito da disciplina de Filosofia, sob a orientação da docente Manuela Macedo. O objectivo desta visita foi dar a conhecer as novas linguagens no campo das artes plásticas e, simultaneamente, a divulgação do património cultural açoriano. Entre as obras contemporâneas expostas os alunos não ficaram indiferentes às de Pedro Amaral e de Pedro Valdez Cardoso que remetiam para hábitos e histórias que fazem parte da nossa memória colectiva. A mesa em forma de cubo, decorada com símbolos da década de 60, da autoria de Pedro Amaral, trazia à lembrança pedaços da história europeia, nomeadamente o holocausto, e as “mezinhas caseiras” que as nossas avós tão ciosa e orgulhosamente guardavam e que, depois de preparadas e tomadas, nos livravam de maleitas. Quem não se lembra ainda da avó ou da mãe mandar comprar os célebres rebuçados do Dr Bayard à farmácia, quando estávamos constipados? Por sua vez a “mesa de gesso”, da autoria de Pedro Valdez Cardoso, ornamentada com elementos que aludiam para o final de prolongada refeição, fazia lembrar os velhos hábitos de um passado recente e que muito poucos teimam em manter. A sala de jantar, com a respectiva mesa de refeições, era o espaço privilegiado da casa, onde à volta daquela se convivia, de tudo se falava e se descobriam os segredos de família. A sala de jantar era uma espécie de “Café Portugal”, onde em redor da enorme mesa e entre família e amigos, se trocavam ideias e se discutiam os assuntos relativos à família e ao país. Ali todos aprendiam regras sociais e valores, como o respeito pelo próximo, tão indispensáveis ao convívio social. Em família aprendíamos a ser homens ou mulheres. Sentarmo-nos à volta da mesa, com pais e família, para tomarmos as refeições diárias constituíam autênticos actos sociais, repletos de verdadeiros rituais e significados.

Debate anima aula de Língua Portuguesa

Durante aproximadamente três semanas os alunos da turma J do 8º ano da Escola Secundária Domingos leram e analisaram uma das obras de Jorge Amado cujo programa de Língua Portuguesa, ainda em vigor, propõe como leitura orientada.
O conto O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor possibilitou aos alunos uma reflexão sobre a mensagem que veicula: o preconceito social que a sociedade demonstra face àqueles que se relacionam amorosamente com pessoas de raças, credos, tradições e classes sociais diferentes. Esta reflexão foi crescendo à medida que a obra era lida e culminou com a realização de um debate, promovido pelo docente que lecciona a disciplina de Língua Portuguesa junto dos alunos do 8ºJ, o docente Eduardo Naia.
O debate realizou-se no dia 29 de Abril numa aula de 90 minutos, porém foi preparado dias antes com a distribuição de papéis pelos alunos da turma, isto é, os alunos teriam de encarnar o papel de alguns dos animais que habitavam o parque, espaço físico da acção do conto, e preparar os seus argumentos a favor ou contra o relacionamento amoroso entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá.
O professor fez de moderador e apresentou o tema a explanar naquela sessão, dando início ao debate. Os alunos foram tomando a palavra e viu-se que o trabalho de preparação para o debate fora feito, uma vez que a apresentação dos argumentos foi efusiva e convincente.
Esta actividade oral foi um êxito e os alunos querem repeti-la. Possibilitou a desinibição dos mais “caladitos” e envergonhados, o treino de técnicas orais de persuasão e o confronto de ideias.