terça-feira, 6 de maio de 2008

O fascínio tecnológico



O futuro do ensino será ensino do futuro ou não será nada. Desde logo no sentido em que aqueles que estão perante o professor são, por razões óbvias, os que têm mais futuro. Por outro lado, porque as matérias a leccionar resultam de uma sedimentação histórica que o professor didactiza, isto é, adapta ao seu público. Por outras palavras, o valor das matérias não está no que foi mas naquilo que se podem tornar por via da apropriação que os alunos delas farão.

3 comentários:

João Paulo disse...

E quando um aluno se apropria de uma matéria, dominando-a, e sentindo-a como sua, somos também nós, professores, que fazemos parte dela, mesmo quando a nossa contribuição no processo possa parecer diminuta ou pouco participativa, como seja, por exemplo, ao garantir a autonomia do aluno na construção do seu próprio conhecimento.

As tecnologias são um instrumento.

Mas tal como foi necessária a “libertação da mão” para que tudo o que rodeava os nossos antepassados passasse a ter a condição de instrumento, também agora parece necessário libertar qualquer coisa para garantir a condição didáctica das tecnologias.

Aceitam-se apostas…

Anónimo disse...

Nós somos o futuro!

fernando disse...

Sempre tive alguma dificuldade em me rever nos alunos. A tendência de prof., como aliás a de qualquer outra profissional, é a de se projectar no produto. Ora, em relação aos alunos não vejo como tal categoria se pode aplicar. É verdade que não é fácil inibir algum orgulho próprio quando o aluno se apropria da matéria, mas o que dizer quando isso não acontece?