segunda-feira, 7 de março de 2016

Associação Gap Year Portugal na Escola Domingos Rebelo

A equipa da associação Gap Year Portugal esteve em S. Miguel, tendo marcado presença na nossa escola.

No dia 18 de fevereiro, diversas turmas assistiram a uma palestra que contou com a presença de vários elementos da equipa e com alguns testemunhos e histórias  fantásticas das suas experiências.

A Gap Year Portugal é uma associação que promove e divulga o conceito do gap year, um ano sabático, em Portugal. A visita anual às secundárias do país é um dos pontos-chave de divulgação do conceito, fundamental para incentivar os mais jovens a desenvolverem competências através de múltiplas  experiências propostas pela associação.
A palestra começou com a apresentação da associação e dos principais objetivos desta, feita pelo Presidente, Gonçalo Azevedo Silva. Gonçalo dirigiu-se ao público com o intuito de cativar os jovens a experimentarem situações que os façam sair da zona de conforto, que lhes permitam entrar em contacto com as mais distintas e desconfortáveis realidades do mundo em que vivemos; apresentou diversos programas divulgados pela associação, tais como o Programa de experiências académicas, que permite que um determinado estudante possa assistir a aulas em várias faculdades, durante um curto período de tempo, a parceria da associação com a Education First ou com a Multiway ou mesmo os programas de Job Shadowing; deu a conhecer o programa de Apadrinhamento de Gappers( nome dado a quem faz um Gap Year), que é assegurado pela equipa da associação e é de fundamental importância para o auxílio de jovens que queiram orientação no planeamento do seu próprio Gap Year.
Seguiu-se uma apresentação feita por Tiago Marques, companheiro de viagem de Gonçalo no seu Gap Year, que teve como principal objetivo mostrar as vantagens do voluntariado num possível Gap Year. Tiago falou, na primeira pessoa, das suas experiências de voluntariado internacional e do impacto que essas experiências, na Índia, no Nepal e em Timor, tiveram na sua perceção de encarar os problemas e desafios futuros. Das muitas experiências que teve durante o seu Gap Year, Tiago salientou a oportunidade de ser professor numa escola na Índia, onde, juntamento com Gonçalo, dava aulas de Inglês, Geografia, Matemática e Ciências; ser voluntário num orfanato no Nepal,  tomando conta dos miúdos e assegurando as suas necessidades do dia-a-dia, levando-os à escola e ajudando no que fosse preciso no instante, foi outra experiência igualmente educativa. Uma última, mas não menos enriquecedora, oportunidade de voluntariado concretizou-se em Timor, onde pôde entrar em contacto com o trabalho de permacultura e apreender uma forma de vida tão distinta.

Joana Paulino Mendes subiu ao palco para apresentar um testemunho que deixaria os alunos da escola extasiados: a sua história de um Gap Year feito com 500 euros, durante 5 meses, por 16 países da Europa. Joana procurou desmistificar a ideia de que a realização de um Gap Year "é para ricos". A mensagem passada foi que tudo se consegue, se as pessoas tiverem muita vontade e pró-atividade enraizada nas veias. As formas de rentabilizar o seu orçamento de viagem foram apresentadas por Joana de uma maneira que cativou a audiência. Desde a utilização do couchsurfing para arranjar alojamento até à partilha de histórias de boleias para conseguir transporte, Joana deixou um testemunho que demonstrou as vantagens de se sair da zona de conforto, "ver mundo", perder preconceitos e ganhar desenrasque em todas as situações com que nos podemos confrontar futuramente.  

O último testemunho apresentado foi o de Guilherme Afonso, que partilhou uma das suas experiências de voluntariado na Guatemala, realizadas durante o seu Gap Year. Durante o seu primeiro ano a estudar Física na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Guilherme decidiu aproveitar para realizar uma viagem pela América central, durante a qual participou num projeto de voluntariado que consistia em relatar, através da fotografia, as condições das habitações do  bairros sociais  para enviar aos patrocinadores dos projetos de ajuda destes. Conciliando a realização destas viagens com a presença num semestre na faculdade, acabou por perceber que o seu rumo seria outro- o da fotografia. Guilherme reforçou ainda a importância de algumas experiências de voluntariado, realizadas previamente em Portugal, no desenvolvimento de competências que lhe permitiriam lidar com várias situações com as quais se deparou posteriormente.


Ana João Teixeira - AGYP
Fotografias de Margarida Maia

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