À primeira vista poder-se-á pensar que se trata de uma demanda em busca da profissão desejada. Enganam-se ou talvez não.
Ontem, dia 8 de dezembro, ainda feriado, recebi uma mensagem de um grupo de ex-alunos a convidar-me para estar presente num concurso que iria decorrer no dia 9, entre as 10.30 e as 13.30, na sala S.2.8.
No meu horário pode ler-se, entre as 10.15 e as 11.45, a sigla TESC, tempo que naturalmente, nesta maratona de final de período, seria usado para corrigir mais uns testes, já que nem o dia feriado, nem o fim de semana que se avizinha, que outros gozarão certamente com todo o direito que lhes assiste, chegarão para “dar conta do recado”. Não podia, no entanto, deixar de usar esses “tempos de escola” para testemunhar aquilo que com toda a certeza iria acontecer – uma verdadeira lição dada por 5 alunos do 12.º A, sob a forma de um concurso – Quem quer ser psicólogo – no qual participaram 10 equipas de alunos de Psicologia de várias turmas (A, C, E e F) do 12.º ano.
A utilização dos conteúdos da disciplina (deduzo eu, pois esta não é a minha área) para, de uma forma lúdica, revelar a apropriação dos mesmos por parte de todos os alunos envolvidos (os organizadores do concurso e os participantes), um notável domínio da tecnologia e dos materiais de suporte e uma postura rigorosa e sábia na condução do concurso, associados ao envolvimento entusiasmado de todos os presentes, num verdadeiro espírito de entreajuda e de partilha do saber, fizeram com que tivesse sido possível sentir que estava, de facto, numa ESCOLA.
Saí sem saber qual a equipa que ficou em 1.º lugar (o concurso ainda não tinha terminado e aproximava-se o início de mais um tempo letivo), mas esse dado, ainda que importante (os meus parabéns aos alunos vencedores), não se sobrepõe à vitória coletiva, pois, hoje, todos saíram vitoriosos daquela sala.
Entrei para saber “quem quer ser psicólogo” e saí com a convição reforçada de que, assim, vale a pena ensinar. “QUEM NÃO QUER SER PROFESSOR?”
Margarida Maia
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